sábado, 20 de setembro de 2014

Seminário Psicólogas na Defensoria Pública de São Paulo

Depois que se adentra a área da saúde, em especial a Saúde Coletiva, é impossível não se dar conta de que há coletividade em tudo que vemos, ouvimos, vivemos, respiramos, comemos, sonhamos... 

Na manhã do sábado, a Renata participou como palestrante e eu como participante do IV Seminário: Psicólogas/os na Defensoria construindo conhecimentos e fortalecendo práticas. Em uma palestra super a ver com a Saúde Coletiva, citando vários autores (Foucault, Spinoza, Deleuze, Guattari) que eu já deveria ter lido, ela relatou como foi o trabalho de pesquisa para o doutorado na Defensoria Pública de São Paulo. Relato abaixo o que mais me chamou a atenção na exposição dela... 

 
E a transdiciplinaridade? A transdisciplinaridade vem sendo compreendida como um modo de pensar-intervir no qual os limites das fronteiras entre as disciplinas são tensionados com radicalidade, levando à produção de novos paradigmas através da articulação entre diferentes campos do saber. Os sujeitos ao experenciarem a transdisciplinaridade bagunçam as normas e prescrições estabelecidas para o exercício de suas categorias profissionais. No caso da transdisciplinaridade, a relação que se estabelece entre os termos que se intercedem é de interferência, de intervenção através do atravessamento desestabilizador de um domínio qualquer (disciplinar, conceitual, artístico, sociopolítico, etc.) sobre outro. A transdisciplinaridade costuma ser referida como “utópica” dada a dificuldade de produzirmos rupturas e abrirmos brechas no regime disciplinar marcadamente constitutivo do mundo do trabalho e da educação. Assim, estas marcas operam fortemente na produção de modos de subjetividade onde as fronteiras profissionais se encontram rigidamente demarcadas. (OLIVEIRA, 2014). 

Sempre achei que o melhor de um evento nem sempre é o trabalho que se apresenta e sim a opinião do público que está lá prestando atenção, deixando e levando algo daquele encontro. E o que mais me surpreendeu foram os relatos de gratidão, sim! a grande maioria dos presentes usaram essa palavra GRATIDÃO, pelo que ouviram e pelo que levariam daquela manhã. 

O que eu levei? Além da gratidão, levei conhecimento e a certeza de que a minha melhor amiga tá na melhor fase da vida dela! Estudando, trabalhando, formando psicólogos para o mundo e como sempre me enchendo de novas ideias! 

Obrigada, Renata! 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Roy Roy Descobre o Mundo - A primeira viagem sozinha a gente nunca esquece

Roy Roy era um papel de carta rosa de um ratinho muito simpático que descobria o mundo!

Me senti exatamente como a história do ratinho ao descobrir o mundo que é São Paulo...

Minha amiga de infância, a Renata, mora lá há cinco anos, eu nunca tinha ido visitá-la sob os mais variados protestos... "É longe!"; "morro de medo"; "vou me perder" e por aí vai...

Acabei descobrindo que as distâncias, os medos e os "achismos" são criados por nós mesmos!

E qual não foi a minha grata surpresa de ter saído do meu mundinho bolha... A mesma do ratinho do papel de carta, descobrir o mundo que é São Paulo e tudo que a cidade grande pôde me oferecer nos quatro dias que estive por lá!

A Renata mora em Mogi das Cruzes, cidade do interior com 400 mil habitantes (bota interior nisso!), oito anos mais velha que Sampa, há pouco mais de 40 minutos da capital e com uma graça toda especial de cidade pequena, na qual a vida passa pela praça, senta no banco, troca uma ideia, admira o LA LA LA Dog e o relógio literalmente pára! 

De Guarulhos só conheci o Terminal 1 e 2 do aeroporto, no terminal 1 desembarquei, no 2 peguei o ônibus que ia para Mogi.

Já São Paulo, ô Sampa... 
Parece que eu vivi lá durante anos e retornei para a minha velha casa somente agora... Estranho não?! Pois é, nem eu sei explicar tamanho fascínio que tive por aquela cidade. Eu e a Renata fomos no sábado, dia 20, eu retornei no domingo e fiquei boa parte da segunda por lá.

A primeira viagem sozinha a gente nunca esquece é porque eu nunca fui nem para a Capão solita quanto mais me aventurar sozinha de avião, de ônibus, táxi, a pé pela megalópole enfrentando seu trânsito, decorando paradas de metrô, decifrando mapas, perguntando nome de ruas...