sábado, 19 de setembro de 2015

Visita da Rádio ao Reitor da UFRGS

No post intitulado UFRGS e Saúde Coletiva de Portas e Braços Abertos, falei sobre o Portas Abertas da UFRGS, sobre como foi apresentar o Projeto da Rádio Web Saúde aos alunos interessados no curso da Saúde Coletiva e sobre a visita do Reitor.

Hoje, trago como reflexão o resultado daquele Portas Abertas...

A visita da equipe do Projeto da Rádio Web Saúde UFRGS ao reitor da UFRGS!


Na manhã do dia 11 de setembro fomos visitar o reitor da UFRGS, Prof. Dr. Carlos Alexandre Netto, para apresentar a ele o Projeto da Rádio Web Saúde UFRGS, conversar um pouco sobre a origem do projeto, o trabalho desempenhado pelos alunos, os eventos cobertos e, principalmente, sobre o protagonismo do alunos da Saúde Coletiva em trabalharem a Comunicação em Saúde de forma autodidata e complementar. Aproveitamos para entregar a ele uma camiseta do Projeto, um folder e um pen drive com alguns vídeos produzidos pela equipe.


Estavam presentes a diretora da Escola de Enfermagem, professora Eva Rubim, o professor responsável pelo projeto, Alcindo Ferla, os colegas que fundaram a RWS e hoje são Bacharéis em Saúde Coletiva, Ivan e Mário, as bolsistas do Projeto Fernanda e Mariana, e eu, participante voluntária e idealizadora do encontro, já que prometi ao reitor dar-lhe a camiseta durante o Portas Abertas.

A conversa foi ótima, o reitor nos recebeu super bem, adorou a camiseta, ouviu com atenção a nossa história, gostou muito das nossas iniciativas, nos deu várias ideias e alguns bons e futuros contatos!

Da minha parte, só tenho a agradecer as oportunidades e os contatos que tive dentro da tão sonhada Universidade, bem como agradeço aos professores por acreditarem no potencial criativo e "invencionítico" dos alunos e aos colegas que sempre estão do nosso lado incentivando, ajudando e colaborando com o sucesso da RWS UFRGS!

Obrigada de coração!  

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

De socos em socos no estômago a Saúde Coletiva segue seu caminho

Ao retornar às UPPs que me faltavam do 6º Semestre da Saúde Coletiva, me deparei com a perspicácia do professor Roger em captar que o filme que ele apresentou no semestre passado precisava ser renovado por outro soco no estômago! Obrigada Roger pelo confronto semestral com realidades tão diferentes e ao mesmo tempo tão necessárias que exemplificam teus ensinamentos.

Na aula da semana passada a turma da UPP de Análise de Situação de Saúde e Vigilância à Saúde V assistiu ao filme Abril Despedaçado dirigido pelo Walter Salles para que pudéssemos entender um pouco do mundo, da vida, das relações de trabalho, da família, do século passado, de como a vida não vale nada para uns e de como outros a perdem por motivos toscos... Enfim, filme bom de se ver! Clica aí no link e prepare-se para ganhar 1h35min a mais na tua vida...


A atividade proposta foi de fazer uma resenha sobre o filme e entregar ao professor Roger em aula...
Como gosto de compartilhar o socos no estômago que a Saúde Coletiva constantemente me proporciona, cá estou contando como foi mais um dos vários socos que levo semestre sim outro também!

O filme se passa em 1910 e exibi a famosa luta de duas famílias por terra no sertão brasileiro; mostra a sensibilidade do Menino, o amor e admiração que ele tem pelo irmão; expõe capacidade de invenção do Menino e retrata, principalmente o regime de trabalho (ou de escravidão???) daquela época. A honra e dignidade do homem só o é tirada após a sua morte. No filme, ambientado no século, passado não poderia ser diferente, a guerra entre as famílias está presente na luta pela posse de terras e na busca da velha máxima Hamurabiana "olho por olho, dente por dente" aqui, no caso, o pagamento se deu com a vida por gerações da família dos Breves e dos Ferreira. O personagem Tonho, vivido brilhantemente pelo ator Rodrigo Santoro, matou o algoz do seu irmão e com ele ficou a trégua de viver até a próxima lua e até o sangue da camiseta do morto amarelar. O irmão de Tonho, um menino, que se chama Menino é um personagem à parte... Sensível, sonhador, trabalhador, que viu a morte do irmão mais velho e que pelo Tonho viverá até o fim do filme... O Menino ganhou um livro dos andarilhos que passaram pelo Riacho das Almas (local onde mora, trabalha e sobrevive a família Breves) e que o acompanhou durante a sua leitura/interpretação/reinvenção das figuras do livro e de seus sonhos com o mar. O filme é narrado por ele e para ele. O trabalho da família é em volta da cana e de todos os processos que ela envolve até a rapadura ficar pronta. Um trabalho que fora realizado por escravos agora é realizado pela família Breves para seu sustento e do qual recebe muito pouco pelo produto final. Um trabalho árduo e cansativo que depende da força dos bois para girarem a bolandeira e que, numa certa hora do filme, os bois continuam rodando sem sair do lugar, sem ter cana pra moer relatando o reflexo condicionado ao qual os bichos estavam expostos. Enquanto isso, os dias vão passando e a camiseta manchada de sangue vai secando até que amarele e chegue o fim da trégua. Tonho e Menino vão para a cidade ver o circo. Menino reencontra os andarilhos que lhe deram o livro e Tonho se diverte com o possível amor dos seus poucos 20 anos.

Adoro contar os filmes e adoro que me contem dos filmes...

No final do filme Abril Despedaçado, chove no sertão! Uma chuva boa, forte, de formar poças... A personagem do circo aparece na fazenda do pai de Tonho e ele conhece o que é o amor. A lua já havia passado, o sangue na camiseta do morto havia amarelado e a trégua tinha chegado ao fim! A morte tardava, mas não falhava!

O que fico me perguntando é porquê a trégua chegou ao fim se a chuva lavou a camiseta? A lua até poderia ter mudado, mas a camiseta com toda aquela chuva deveria ter ficado limpa e não amarelada... Estranho! Mas, filme é filme! A película termina com Tonho admirando o mar sonho do irmão mais novo, o Menino, realizado!

Referências: Revista Contemporâneos. Disponível em: <http://www.revistacontemporaneos.com.br/n3/pdf/resenhaabril.pdf> Acesso em: 11/09/2015.