sábado, 18 de junho de 2011

Hospital Colônia Itapuã, do Individual para o Coletivo.

Os trabalhos da Saúde Coletiva, além de serem novidades são, também, desafiadores e construtores de seres humanos melhores e condizentes com a realidade que nos espera para daqui a quatro anos.

Digo isso porque tem um trabalho em especial consumido meu tempo, neurônios, dedicação e paciência... E pelo qual já criei profundo apego para abraçar a causa e leva-la adiante. É um trabalho sobre o Hospital Colônia Itapuã, antigo Leprosário em Viamão, para a UPP de Políticas Públicas do professor Alcindo.

Confesso que quando peguei o hospital, em sorteio, fiquei indignada, pois sabia onde ficava e o quanto a distância seria sinônimo de dificuldade para a realização do trabalho. Descobri ao longo das três idas e vindas que 1h30min de ônibus (somente a ida!) é pouco perto da riqueza de histórias, depoimentos e vidas que têm por lá.

Na primeira vez, a viagem durou 1h de carro, fomos em três colegas de grupo. Era um sábado nublado e úmido em Porto Alegre, até achei que não tiraria boas fotos... Que nada! Lá estava um dia lindo, ensolarado e quente, tiramos ótimas fotos e interagimos bastante com os pacientes psiquiátricos. Saí de lá com uma sensação inexplicável, era um misto de choque e compaixão.

Difícil né?! É bem complicado, até mesmo porque garanto a todos que quando fossem lá e vissem, soubessem, lessem, se inteirassem e perguntassem aos funcionários como e em que condições vivem os pacientes internados e os que já passaram por lá levariam um “soco no estômago” que nem eu!

Na segunda vez que estive no HCI, levei minha tia que, mesmo morando perto, nunca havia visitado o hospital ela ficou encantada com sua estrutura e história. Nessa vez, tive a oportunidade de conversar com o diretor e a enfermeira os quais, receberam-me muito bem e explicaram-me toda a história do hospital. Pela segunda vez, fiquei chocada com os relatos de que não há internações no hospital e que eles tratam pouquíssimos pacientes hansenianos e psiquiátricos. Mais difícil ainda saber disso, já que a comunidade que vive em torno do hospital é extremamente carente de atenção em saúde e que uma estrutura como a do hospital está sendo tragada pelas ações do tempo. Preciso fazer alguma coisa depois de formada...

Na terceira e última vez, que estive finalizando minha pesquisa peguei o relato dos pacientes, em Banners comemorativos aos 60 anos do hospital em 2000, que estão espalhados pelo prédio administrativo. Terceiro “soco no estômago”, neles havia relatos dos pacientes, das irmãs e dos funcionários desde o início do HCI até o preconceito causado pelo estigma da Lepra, passado pela sociabilidade, impressões, cotidianos, envolvimento, significado, convívio. Pude, a partir dos depoimentos, entender um pouco mais do porquê da Instituição ser imensa, em área total e construída. A idéia era isolar os pacientes e, para isso, foi organizada uma pequena comunidade com todos os ônus e bônus (com casas, padaria, lavanderia, cadeia, prefeitura, central de luz...) de uma cidade.

Depois de saber da história e dos relatos do HCI fiquei com muita dificuldade de entender o porquê de reclamarmos tanto da vida, o porquê de acharmos que o nosso problema é sempre maior que o do outro e o porquê de não sabermos olhar para o lado?!?!?...

Fica a dica... Quando forem visitar a Reserva de Itapuã não deixem de dar uma passada no hospital ele é um museu a céu aberto. Vale à pena!


Obrigada Alcindo por me oportunizar uma vivência desta!  

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Vivência do Coletivo.

Análise de Políticas em Sistemas de Saúde - Bacharelado em Saúde Coletiva é, relativamente, um curso novo não muito conhecido, mas uma grande promessa com um futuro promissor no mercado de trabalho. 


O curso é inovador agregando as Ciências Humanas à Saúde! Nele não existem cadeiras, que nem a maioria das graduações, e sim as chamadas UPP's, não... não são Unidades de Polícia Pacificadoras (que nem disse meu irmão!), tratam-se de Unidades de Produção Pedagógica! Muita, mas muita Produção mesmo!!!


Aí vai uma amostra do quanto produzimos no curso...




Três pequenos e engraçadíssimos vídeos sobre a Vivência com o Usuário do Sistema de Saúde da UPP Promoção e Educação da Saúde I.

sábado, 11 de junho de 2011

A interação do coletivo nos trabalhos!

Por que é tão difícil fazer trabalhos em grupo?
Por que um faz muito e outros não fazem nada?
Por que a imposição dos grupos se faz necessária?


Faz tempo que ando me perguntado o porquê dessas questões e não encontro respostas, afinal as pessoas são complexas demais para serem entendidas, analisadas, qualificadas e quantificadas em uma simples apresentação de um trabalho. Para ser mais específica, esse primeiro semestre é cheio desses “monstrinhos”... Bom, são os sabores e os dissabores de estudar uma graduação! Melhor ir me acostumando com a “loucurada” da rotina e com as “modernosas” Unidades de Produção Pedagógicas, das quais uma só já contou com 4 módulos dos quais já foram, ao todo, 5 professores diferentes!


Voltando aos grupos...
Sei que lidar com o Coletivo não é fácil; sei, também, que nessa profissão teremos que trabalhar com uma equipe multiprofissional interagindo por um bem só: “O Paciente” e sei, principalmente, que devemos aprender essas regras desde já.
Mas continuo sem respostas para as perguntas acima...


Trabalhos dão trabalho, exigem tempo, dedicação e afinco para que nenhum dado fique para trás, nenhuma informação se perca pelo caminho e nenhuma pessoa se sinta mais sobrecarregada que outra e são nessas horas que o grupo deve se unir, já que dependemos da nota para passarmos e do aprendizado que o trabalho nos proporciona. Dos trabalhos que fiz e dos quais escolhemos os grupos creio que o trabalho foi bem distribuído, organizado e apresentado.


Agradeço aos colegas pelo esforço desempenhado ao longo do semestre para que pudéssemos construir essa rede de amizade e coleguismo para o bom desempenho em todas as tarefas que nos foram propostas e pela intimidade que criamos para que pudéssemos nos conhecer um pouquinho mais durante a realização dos ditos trabalhos...


Agradeço, também, aos professores que nos oportunizaram inúmeras atividades intelectuais afim de que adentrássemos no vasto mundo da saúde coletiva!  


E isso que é só o começo, hein?!